#VemDeChat - Felipe André Silva
Bota isso pra tocar https://www.youtube.com/watch?v=WaYMX-Y2hrY
Nível? Acho que eu não funciono sem!
As vezes fico até incomodado se tenho que fazer um trabalho que envolva vídeo, sei que não vou poder colocar uma música enquanto faço. Viagem de ônibus fica mais longa sem, exercício fica mais cansativo, enfim.
Interferir não, mas acho que sempre trabalho muito mais tranquilamente se estiver ouvindo algo. A resposta vai ser meio brega, mas eu devo ser a pessoa mais eclética que eu conheço. Se tirar um print da fila de coisas no player -escuto música pelo computador, quase sempre- tu vai ver Calypso, Leos Janacek e Louis Armstrong no mesmo balaio. Acho que as poucas coisas que eu tenho alguma restrição são a mpb contemporânea, que parece ter se inspirado no pior envelopamento do indie pop americano dos anos 2000, e música sertaneja, só porque não me agrada os ouvidos mesmo.
Tu tem Spotify? https://open.spotify.com/user/fmarker/playlist/0FPyzxKLxJUB9nb5yUNVg5
Pra citar nomes: Silva, Cícero, Mallu Magalhães, Banda do Mar, Thiago Pethit, Marcelo Jeneci e afins. Eu vejo algum valor na produção, mas me parecem músicas muito especificamente pensadas pra o consumo de um nicho específico, mas que se vendem como pedaços muito intimistas do cantor/compositor. Acho meio desonesto, nesse sentido. Além de que musicalmente não me atrai, a "suavidade" me cansa rápido. Acho que dessa galera eu salvaria Tulipa Ruiz, porquê a técnica vocal dela me cativou primeiro que os outros aspectos da música, mas fora isso...
Eu não falo em vender como uma coisa negativa. Mas Joelma, além de ser uma cantora do "mainstream" (se dá pra chamar assim), não me soa como alguém que faz performance para além de subir no palco e se sentir uma estrela. Eu não compro a delicadeza com a qual Mallu (Magalhães) ou Tiago Iorc tratam da vida porquê me parece não ter muito fundo de verdade nisso. Claro que a música não precisa "vir do coração" pra ser boa, mas acho que nesses casos que eu cito, a carga de maquiagem me incomoda demais. Prefiro a Joelma cantando que vai ensinar ao cavalo manco as coisas que ele vai encontrar no Pará.
http://www.youtube.com/watch?v=EwFnGvgLK6A
Não é um gostar limitador, porque se fosse assim eu nunca ouviria música pop, mas eu acho que a linguagem visual de um cantor acaba contribuindo pra isso. Daniel Johnston escreve coisas bem bobas como “True love will find you in the end”, e lendo isso você pensa que a música é a coisa mais boba e requentada do mundo, mas daí você ouve e é uma descarga enorme de veracidade, ele de fato acredita naquilo que tá falando, tem carinho, tem dor. E, além disso, ele desenha as capas dos próprios cds, distribui como dá, etc, tem de fato muito dele ali. Se a mesma música fosse feita por um Jeneci, pra continuar nos exemplos que dei, não digo que não seria tão verdadeira quanto, mas o envelopamento indie-fofo-amor que dão a ele, e ele aceita, mina muito da possibilidade de eu sequer ter isso como dúvida. Não tenho como definir, só como supor.
Geralmente indicações de amigos ou procurando na internet por músicas que sejam parecidas com coisas que eu já gosto. Hoje em dia com spotify ficou mais fácil, porquê ele mesmo já indica coisas que você pode gostar e ouvir na hora, as indicações não se perdem.
Estava falando de diva pop americana. Beyoncé, Gaga, Madonna, Katy Perry, etc...
Essa galera não faz música 'sincera'. Não escrevem nada, não compõem, etc. Só fazem pra vender mesmo. E tudo bem, essa música tem que existir também.
Ok, toda música pode e deve existir. hahaha
Não vou ficar sonhando com a utopia de que todos os cantores e compositores "mais talentosos e merecedores" vão atingir o sucesso, sei que não é assim que funciona. Mas acho que música é muito como comida, nesse sentido. Você não come nada que não seja gostoso pra você, mas sempre acontece de não querer nem provar pra saber ou, até mesmo, odiar e depois se acostumar com o gosto. O povo deveria ser mais aberto. Eu só sei que não gosto dessa neo-mpb porque ouvi e fui pros shows que pude.
Falar o quê? Fiz um filme, dia desses, se chama “Feliz Ano Novo”. É o meu quarto filme, tô pretendendo lançar no Janela desse ano, mas nem sei se vou entrar. hahaha
- Felipe André Silva
Felipe é o primeiro entrevistado aleatório da série de entrevistas que pretendo fazer com os amigos do Facebook. Aliás, tu tanto podes ser o próximo, quanto podes se sugerir e/ou sugerir alguém pra ser o próximo.